quarta-feira, 30 de setembro de 2015

Feng Shui "acupuntura da casa".


A harmonização das energias é um dos pilares que sustentam a filosofia oriental. Seguindo esse conceito os chineses criaram há cerca de 2000 anos o feng shui, uma técnica para harmonizar a energia dos ambientes.



O Feng Shui é uma prática chinesa que vê a casa como um corpo, com órgãos, veias e fluxos, que também podem ser estimulados. Em vez de agulhas, objetos especiais. A acupuntura da casa pode melhorar imensamente a qualidade de um lugar e, como conseqüência, o desenvolvimento da vida.A acupuntura da casa pode melhorar imensamente a qualidade de um lugar e, como conseqüência, o desenvolvimento da vida.

Com a ajuda de uma bússola, encontre a face nordeste da casa. Ela é considerada o portal de entrada de um rio magnético, que segue de nordeste a sudoeste. A informação ali colocada se irradia para a casa inteira, como uma tinta colorida se espalha quando lançada no leito de um rio. No setor nordeste, pode-se afixar uma afirmação positiva ou uma oração. Plantas e flores, nesse canto, irradiam o padrão perfeito natural. Uma turmalina negra traz uma mensagem de proteção.
De uma forma muito sucinta, o feng shui visa a harmonização e busca pontos específicos que podem melhorar a circulação da energia nos ambientes. O feng shui vem com o propósito de neutralizar as energias negativas.

Os cinco elementos utilizados pelo feng shui, que são tratados como remédios pela a técnica são a terra, a água, o fogo, a madeira e o metal.

Não há necessidade de usar o elemento em si na decoração dos ambientes, mas algo que se compare a sua capacidade vibracional. "Um bom exemplo é que não é preciso usar terra para representar o elemento. Ela pode ser substituída por um tampo de mármore ou granito, que são elementos extraídos do interior da terra. As soluções de feng shui são simples e quase sempre não são aparentes.
Vale lembrar que não há mágica por trás do feng shui. não adianta espalhar os elementos pela casa e ficar sentado esperando que a prosperidade bata à sua porta ou que alguém ligue oferecendo o emprego dos sonhos. A disposição dos objetos no ambiente não é perpétua, pois o feng shui funciona em ciclos que variam de 1 a 20 anos e que a cada novo ciclo anual, iniciado sempre no dia quatro de fevereiro, uma nova característica energética interfere no ambiente. É importante saber onde colocar e também quando retirar os objetos daquele ambiente.

A avaliação de um ambiente segundo o feng shui é feita através do estudo da planta baixa, data de nascimento, onde os moradores vivem e quais problemas estão enfrentando. Com essas informações o consultor perguntará quais são os pontos que eles gostariam de melhorar e somente após isso o relatório com as sugestões de mudanças é elaborado. A organização e limpeza devem estar sempre presentes nos ambientes.

“Em um mundo no qual nos habituamos a violentar a natureza, a abordagem oriental restabelece o valor das experiências sensíveis e questiona, de modo claro, os estímulos, as avaliações e os artifícios da nossa vida ‘civilizada’. Não propõe a rejeição do mundo da técnica, mas possui, sim, a intenção de manejá-lo”. Arquiteto Carlos Solano no livro Feng Shui – Arquitetura ambiental.

domingo, 30 de agosto de 2015

Casa de 190m² em Ubatuba pertinho da praia e da mata.

Construção contorna restrições e supera desafios impostos pelo terreno para ficar próxima do mar e da mata.

 
Antes mesmo de mergulhar nos desenhos de sua casa em Ubatuba, SP, a arquiteta Rita Martinussi já sabia as feições dela: estrutura metálica, paredes externas de tijolos maciços, caixilharia de madeira e telhado com telhas cerâmicas. Por quê? “Meu pai, dono do terreno e da construção já existente no lote, me pediu para desenvolver um projeto semelhante ao dele”, justifica. Até aí, nenhuma dificuldade. Mas, muito próximo da praia e inserido na mata nativa, o lote de 880 m2 impunha outras restrições: a preservação de uma faixa de 33 m junto ao mar (exigência do Patrimônio da União), a supressão de, no máximo, metade da vegetação (normas da Cetesb), a obrigatoriedade de manter 1,50 m de recuos laterais (regra do condomínio) e uma rua de acesso que dividia a área total ao meio. Além disso tudo, o terreno chegava a 77% de inclinação. “A solução foi aproveitar o espaço vertical e distribuir os ambientes em três pavimentos”, diz a arquiteta. Para integrar a casa à natureza e conferir ao conjunto uma sensação de amplitude, ela lançou mão de amplos painéis de vidro temperado.



Seguindo os traços da casa paterna existente no lote, a arquiteta encarou as restrições da área e ergueu este refúgio no meio da mata. Na fachada virada para o mar, as esquadrias de vidro e ipê e as portas de correr envidraçadas deixam salas, cozinha e quartos integrados ao exuberante cenário natural.


segunda-feira, 24 de agosto de 2015

O Poder do Verde: Como se Beneficiar das Plantas na Decoração



Você não precisa ser um expert no assunto para saber como é gostoso estar cercado pela natureza. Passar uma tarde no parque ou mesmo alguns minutos no jardim são o suficientes para nos deixar mais relaxados e até mais dispostos. Se você não tem acesso à natureza na sua casa ou no seu trabalho, existem maneiras de trazer a natureza até você.


 
Se o espaço for realmente limitado você pode colocar vasos nas janelas, ou pendurá-los no teto.
Quase todo mundo gosta de ter pelo menos uma plantinha em casa. Quem não tem ou conhece uma avó que tem a casa cheia de plantas? Não é para menos. Cuidar de plantas é uma atividade benéfica pois melhora o ânimo e bem estar do indivíduo, reduz o stress e ajuda aqueles que estão doentes a terem uma recuperação melhor . Além de decorar a casa, muitas plantas ajudam a harmonizar, proteger ou equilibrar nossa vida. Algumas delas têm o poder de limpar o ar do ambiente, absorver os cheiros tóxicos e servir como anteparo para vibrações mais densas.



Além de servir para enfeitar nosso lar, as propriedades físicas e químicas das plantas são repletas de vantagens. Entre elas está a renovação do ambiente, aumentam a umidade do ar. Através da Fotossíntese a planta faz uma filtração do ar absorvendo o Dióxido de Carbono ( C02)  e o devolvendo em forma de oxigênio (O2). Uma planta dentro de casa também é bom para os indivíduos que sofrem de alergia a pó, as plantas reduzem a presença de pó no ar em até 20%.

Agora que você já sabe os benefícios de ter uma planta em casa e ficou com vontade de comprar sua primeira ou segunda é importante saber quais plantas são certas para crescerem em ambientes cobertos: Pau D’água  ( Arbusto com uma linha amarela no meio faz folhas), Zamioculca ( uma das plantas mais usadas  em lugares fechados), Rosa de Pedra ( armazena água nas folhas e no caule e tem o formato de uma flor), Minicactos,  Palmeira Chamaedórea ( Uma das mais populares plantas para o interior, fica ótima em vasos), Licuala ( parece uma mini palmeira), Lança de São Jorge,  Lírios da Paz ( florescem mesmo na sombra), Violeta, Palmeira Areca,  Antúrio, Begônia, Gibóia e Singônio. Ufa! Não para por aí.

Existem diversas plantas que crescem perfeitamente  bem em lugares fechados e com pouca iluminação. Escolha a sua e aproveite esse enfeite que traz mais tranquilidade e benefícios do que trabalho.



domingo, 16 de agosto de 2015

MORAR EM RUA ARBORIZADA MELHORA A SUA SAÚDE.


 Uma pesquisa feita no Canadá mostra que número de árvores presente em um quarteirão reduz os efeitos do envelhecimento da população. Segundo a ONU, cada pessoa deve viver não mais do que 15 minutos de caminhada de um parque


É senso comum que uma boa arborização é fundamental para a qualidade de vida dos moradores de uma cidade grande como Rio de Janeiro e São Paulo. As razões normalmente utilizadas para explicar essa importância passam por melhorar e/ou proteger a diversidade biológica, proporcionar abrigo e alimentos aos pássaros, diminuir a poluição, aumentar as condições de permeabilidade do solo e embelezar a paisagem, entre outras.  Qualquer imagem de satélite da cidade, no entanto, vai mostrar que na prática essas informações não fazem muita diferença, já que são raríssimos os bairros que apresentam uma quantidade adequada de árvores em suas ruas e propriedades. Se a razão para isso for a falta de maiores incentivos, a ciência acaba de apresentar novos indícios de como a população pode ser beneficiada por uma cidade “mais verde”.


Um estudo comparativo publicado na revista Scientific Reports, liderado pelo professor de psicologia Omid Kardan, da Universidade de Chicago, mostra que viver em uma comunidade bem arborizada pode, além de ser visualmente mais agradável, melhorar a saúde de seus habitantes. Segundo a conclusão da pesquisa, cada dez árvores adicionais em um quarteirão equivaleriam a receber um aumento de 10 mil dólares ou rejuvenescer sete anos. Para obter esses resultados, os pesquisadores analisaram as áreas verdes da cidade de Toronto, no Canadá, usando imagens de satélite de alta resolução e dados existentes sobre 530 mil árvores. Em seguida, eles puxaram informações relevantes do Ontario Health Study, banco de dados sobre a região coletado a partir de pequenos formulários online.


Ao comparar os dois conjuntos de informações que possuíam em mãos, eles descobriram que cada dez árvores a mais em um quarteirão correspondiam a um aumento de 1% em relação ao quão saudável os participantes se sentiam. Embora essa correlação não signifique que as árvores tenham impactado diretamente na saúde dos entrevistados, o levamentamento serviu para apontar o quão importante é a arborização das grandes cidades. Outros estudos sugerem ainda que mesmo períodos curtos de tempo ao ar livre ou na natureza são capazes de trazer benefícios emocionais.
Os pesquisadores alegam também que a localização das árvores é muito importante. Segundo o texto publicado com a pesquisa, os benefícios para a saúde aumentam quando as pessoas vivem perto de ruas arborizadas, mas não de parques. “Nossa hipótese é de que as árvores plantadas nas ruas estão mais acessíveis a todos os moradores de uma certa comunidade, pois eles são expostos a elas durante as atividades diárias ou através da vista das suas janelas”, alegam.
Salvem os nossos parques e florestas. Em especial a minha querida Quinta da Boa Vista.

 
 
 
 
 
Fontes:
Neighborhood greenspace and health in a large urban center

 
The restorative benefits of nature
Daniel Cunha
 
 


quinta-feira, 30 de julho de 2015

Grafite as paredes e coloque arte no seu dia a dia!


O grafite que constrói coisas belas
Para Mariana Degani e Verônica Alves, as Pupillas, a arte de rua é um ato político capaz de humanizar o cotidiano. Múltiplas belezas e jeitos de viver são alguns dos fatores que inspiram o trabalho de Mariana e Verônica.

 
 
Comunicar poesia por uma linguagem autoral de ilustração foi o que motivou as artistas visuais Mariana Degani e Verônica Alves a criarem o projeto Pupillas, em 2007. Paulistanas, ambas já percorreram vários países espalhando suas ilustrações e se especializando. No Brasil, é possível encontrar sua arte em paredes comerciais, residenciais e street arts em cidades como São Paulo, Curitiba, Vitória e Rio de Janeiro. O trabalho das duas artistas também está presente em locais como Buenos Aires, Lyon, Toulouse, Paris, Marselha, Antuérpia e Berlim.
 
Inicialmente, elas se graduaram em design de moda e trabalharam com estilo e produção, até que a paixão pela poética visual as encaminhou para a ilustração. As artistas testam constantemente novas superfícies para seus traços. Ilustraram paredes, tecidos, peças decorativas e até pele.
 
 
 
Quais são as influências de vocês e qual é a principal proposta do Pupillas?

Pupillas: Nosso trabalho é reflexo de nosso olhar e interpretação do que nos inspira. Coisas belas nos inspiram. As diferentes e múltiplas belezas de pessoas, da natureza, formas, jeitos de viver, sensações. Também somos inspiradas pelas coisas que não são nem um pouco belas, como os tabus, o desejo por padronizar pessoas e comportamentos, a aridez de espaços e sentimentos. Essas coisas nos inspiram no sentido de propor questionamentos, criar novas óticas sobre cada coisa. O exercício pessoal de desconstruir achismos e construir novas formas. E aí voltamos para beleza. Nosso trabalho, mesmo quando manifesto, é tecido de elementos que capazes de produzir prazer aos olhos do observador.
 
Vocês costumam grafitar muros e outros espaços públicos. Na opinião de vocês, o que essas ilustrações podem trazer para as pessoas que passam por esses espaços? Qual é o papel do grafite no meio urbano? Há um papel político ou é apenas estética?

Grafitar espaços públicos significa colocar a sua arte à disposição de qualquer transeunte. Não é preciso ir à galeria, ao museu, ou a espaços que muitas vezes intimidam e são desconhecidos por muita gente. Ocupar com cores espaços que muitas vezes são ocupados pelo cinza normativo já é em si um ato político. Traz questionamentos e reflexões ao cotidiano de pessoas que nem sempre estão procurando por isso.
 
O grafite que vocês produzem também pode ser uma opção para decoração de residências? Como é a procura desse trabalho? Há muitas pessoas encomendando grafites para a própria casa?
 Sim! Na verdade, o caminho que fizemos para chegar no grafite veio da ilustração. Foi procurando novas superfícies e tamanhos que chegamos nas paredes. E as paredes residenciais vieram antes que as das ruas. O papel não deu mais conta. Pintamos a mesa. Quando a mesa não foi suficiente, os desenhos começaram a subir pelas paredes. E então eles foram para rua. Para o mundo. Temos muitas pinturas residenciais. Os pedidos e os tipos de clientes são os mais variados. E sempre criamos um projeto específico, ou seja, criado para determinado lugar, de acordo com o seu entorno, com as suas características. Desta forma, funciona muito bem para residências. No nosso caso, ao invés de trazer uma parede da rua para casa da pessoa, criamos uma para ela no seu espaço uma parede que poderia estar na rua, em qualquer lugar, mas que ali faz muito sentido.
 
É frequente que essas pessoas cansem dos desenhos? O que pode ser feito quando isso acontece?
Há oito anos fazemos projetos desse tipo. Nunca soubemos de algum cliente que tenha se cansado, mas talvez ele apenas não nos informou. Quando desenvolvemos o projeto, o cliente é uma grande fonte de referências, alinhado à nossa linguagem. Por receber uma pintura que vai muito de encontro com seus desejos, talvez isso demore mais a acontecer. De qualquer maneira, pode ser que esse dia chegue. E aí, umas boas demãos de tinta branca resolvem o problema. E depois, é só chamar a gente de novo, nos atualizar sobre seus quereres que rapidamente surge uma novíssima parede pupillística.
Recentemente, vocês lançaram o projeto Orgasmus Multiplus. Também em outros trabalhos vocês expressam a naturalização do prazer feminino. Por que vocês escolheram esse tema? Qual a importância de retratá-lo numa sociedade ainda muito machista como a nossa?
 O projeto Orgasmus Múltiplus surgiu da série de pinturas "orgásmicas" nas quais ilustramos corpos femininos nus em meio a natureza. Esses corpos também são natureza bruta. Selvagem. O corpo feminino é repleto de simbologias. E é podado, oprimido, censurado. Há centenas de anos e até hoje. Essas simbologias, em grande parte, são relacionadas a uma sexualidade que quase nunca diz respeito à natureza e ao prazer feminino. A mulher nua e seu prazer estão quase sempre a disposição do prazer alheio, como um troféu quando dentro dos padrões, e com escárnio quando estão fora. O prazer sexual e o corpo feminino, ainda em 2015, são usados para desqualificar as mulheres. Nosso trabalho propõe uma nudez bruta e natural, que ganha simbologia sexual no momento em que esta mulher decide que quer usar seu corpo para isso. E nada melhor do que ser íntima do próprio corpo. Visto o tamanho interesse de diferentes mulheres por essa série, começamos a pensar de que forma poderíamos dialogar mais com elas. De que forma elas poderiam colaborar com nossa pesquisa e também fazer parte do projeto. Foi então que pensamos em coletar relatos sobre orgasmo, que nos servissem de inspiração para as pinturas. Os relatos são livres e anônimos. O mais incrível do processo de construção deste projeto é perceber o quão pouco as mulheres se propõem a pensar, falar, escrever sobre isso e como isso foi estopim para muitas delas começarem a pensar.
NAMU.COM.BR