sexta-feira, 19 de junho de 2009

Projeto Cerca Viva

Imponência e Privacidade.



A intenção do meu projeto foi valorizar o espaço disponível, criando um ambiente harmonioso, integrando a área de entrada da casa ao jardim, para uso e desfrute de todos que ali transitarem, apreciando a beleza e o conforto do lugar.Houve um grande desafio; apesar de haver uma área razoavelmente boa para realização da composição paisagística, quase todos os espaços serviriam de passagens, dificultando a formação de ambientes acolhedores. Após determinar que a melhor área para o destaque do projeto seria a utilização de uma cerca viva, onde trouxe ao mesmo tempo imponência e privacidade. Entretanto, contamos com a dificuldade de que a casa se encontra muito perto da praia e por isso, ficaria sujeito aos ventos de Sudoeste e o sol intenso.


Houve uma grande transformação visual, o espaço inicialmente sem maiores atrativos também passou a ser mais um local agradável de estar.
Integrar o projeto de paisagismo, com a proposta do cliente, que por ser um amante do verde, quis fazer do jardim em especial e da sua residência, um espaço mágico, um espaço para ser vivido, com caminhos, bancos e áreas gramadas livres que permitam um uso mais livre e descompromissado. O projeto reuniu todas as condições, a integração foi perfeita em todas as fases do projeto e o resultado deste trabalho salta a olhos vista.
O grande sucesso do trabalho foi que o resultado final foi um paisagismo totalmente viável, com utilização de materiais de fácil acesso, execução e manutenção. Isto prova que basta usar a criatividade para que um belo jardim e cheio de detalhes possa estar ao alcance de todos.
Renato Ribeiro

Projeto Pérgola

Pérgola, simplicidade e charme.



Aqui, simplicidade é sinônimo de charme e bom gosto.Cada vez mais estamos fadados aos ambientes climatizados, o que é muito bom quando não se tem a opção de ficar em uma sombra fresca e um ventinho gostoso. As áreas externas podem proporcionar ótimos recantos de lazer.Buscando atender as exigências do morador urbano, que necessita de um espaço externo relaxante, este ambiente é excelente para o refúgio das tensões diárias. Para se esconder do sol, ventos e também de chuvas pesadas, a pérgola faz seu papel explendidamente. Podendo ser de formas e materiais variados, como madeira, banbu, aço, entre outros. Também pode proteger suas plantas principalmente folhagens e orquídeas que gostam de sombra e proteção. são ótimos suportes e tutores para trepadeiras, que neste caso usamos a Thunbergia mysorensis sapatinho- de -judia . A pérgola é essencial em jardins ensolarados, do mais simples ao sofisticado.



A intenção do nosso projeto foi valorizar o espaço disponível, criando um ambiente harmonioso, para uso e desfrute de todos que ali transitarem, apreciando a beleza e o conforto do lugar.A estrutura é simples, mas o resultado é encantador. O pergolado é o charme a mais que muitas pessoas procuram para incrementar um jardim. neste caso foi possível compor um canto agradável e tranquilo, que convide ao descanso, à leitura ou a uma boa conversa. não poderiam faltar para completar a grande transformação visual, o espaço inicialmente sem maiores atrativos também passou a ser mais um local aconchegante e agradável de estar.



Para cada projeto de paisagismo, existem fatores a se considerar, como o porquê de implantar, onde implantar, como implantar, como manter, que estilo, que cores e quais as características desejáveis das plantas. O primeiro passo já com a pérgola construída, foi introduzir ao ambiente as espécies de Plantas que formariam a composição paisagística tornando-o mais atraente e dando vida ao espaço. Em seguida, o uso da rede para dar um ar de tranquilidade e paz. Objetos de decoração como as duas cabaças, iluminação, luminárias em bronze exclusivas e o relaxante barulhinho de água proveniente de uma ducha, não poderiam faltar para completar a grande transformação visual, o espaço inicialmente sem maiores atrativos também passou a ser mais um local aconchegante e agradável de estar.




Renato Ribeiro

quarta-feira, 17 de junho de 2009

Projeto Meditação e Relaxamento

Condomínio Reserva ecológica do Sahy



Decorar uma paisagem é uma atividade artística. Ao projetar a decoração de um jardim podemos utilizar uma diversidade de cores, texturas e perfumes. O paisagismo tem por finalidade integrar o homem à natureza. Quando falamos de decoração de jardins, além da própria natureza, outros detalhes como caminhos, iluminação e móveis para jardins podem fazer a diferença.

É importante sempre lembrar que na decoração de ambientes externos como área de lazer e jardins, precisamos estar atentos na composição e escolhas de plantas que vão ornamentar o ambiente, principalmente com relação ao porte da planta versus espaço disponível para seu crescimento.Apresento hoje um projeto paisagístico no qual, os proprietários quiseram fazer da área da frente de sua residência um espaço de relaxamento e meditação. Com todo o estresse que a vida moderna nos traz, a meditação nos proporciona um resgate da harmonia e do equilíbrio interior. Manter um espaço como esse em casa é importante para melhorar a prática da meditação. O local ajuda você a ter mais disciplina.



A meditação, segundo as filosofias orientais, permite o despertar para o autoconhecimento e transformação interior que levam à conquista da realização espiritual. Hoje a ciência comprova: a meditação somente nos traz benefícios, pois ela nos proporciona a possibilidade de encontro com aquilo que há de mais profundo dentro de nós.


Ela equilibra as emoções, nos põe em contato com nosso subconsciente, provoca o relaxamento através do "esvaziamento" de nosso campo mental, sua prática constante desenvolve a concentração e o auto controle, equilibra a ansiedade, além de nos direcionar por um caminho espiritual mais consistente e realizador.

Renato Ribeiro

segunda-feira, 15 de junho de 2009

Projeto Temperos e Ervas

Condomínio Conchas do Mar
Rua: Raul da cunha machado, Recreio

Temperos e Ervas


Nos últimos anos, os jardins de temperos têm sido os preferidos de quem mora a metros de altura do asfalto e sente falta da terra e de plantas no lar.

Quem não gostaria de ter um canteirode ervas dentro da própria área do condomínio? Legumes, verduras e temperos fresquinhos a poucos passos de casa? A realização é possível, mas a questão deve ser bem analisada antes de ser implementada.
Ter uma horta não é privilégio apenas de quem mora em casas com grandes terrenos. É completamente possível cultivar condimentos e ervas em apartamentos ou em espaços pequenos, desde que o local seja bem iluminado, apresente boas condições de irrigação e tenha solo de boa qualidade.

A chamada agricultura urbana é um prazer que atrai cada vez mais pessoas. Além de embelezar os espaços, o cultivo das plantas é entretenimento que pode ajudar a combater o estresse. já imaginou como seria bom ter uma alimentação saudável, com ingredientes saborosos, coloridos, cheirosos, livres de agrotóxicos, agentes químicos e conservantes? Na verdade, esse sonho de consumo está bem perto da realidade, basta ter disposição e um cantinho especial.

Hoje as pessoas estão redescobrindo o prazer de cultivar parte de seus alimentos, mesmo que sejam apenas os temperos e as ervas, como o ocorrido no projeto acima. Um pouquinho de verde em casa já muda o ambiente e incrementa a cozinha. o cultivo doméstico, além de ser uma ótima atividade terapêutica, proporciona às pessoas a descoberta do prazer gastronômico de forma mais saudável.

Outra vantagem do cultivo doméstico, é a facilidade de ter à mão os ingredientes mais usados ou mais apreciados. “Isso estimula a nossa criatividade gastronômica e nos permite cuidar melhor de nós mesmos. Quando cultivamos uma pequena horta entramos em contato com a terra, nosaprofundamos e observamos os ciclos naturais. As tarefas necessárias, como a insolação, a rega, a poda, a adubação e a colheita, nos oferecem uma relação de cuidado e prazer, que nos neutraliza e nos aproxima da natureza.”Sendo assim, não perca tempo. Escolha sua planta preferida e prepare um vasinho. Observe, aprenda, mexa na terra. Aproveite a oportunidade de ter um hobby saudável. Se preferir, peça orientação profissional. Traga o verde para perto de você.

Renato Ribeiro

domingo, 14 de junho de 2009

Projeto viver bem

Condomínio Conchas do Mar
Rua Raul da Cunha Machado, Recreio

Cada vez mais, o trabalho do paisagista é peça fundamental na vida das grandes cidades. É nelas que nosso cotidiano sofre constantes agressões por todos os tipos de poluição e violência.
Sem alternativa, a população dos centros urbanos busca na natureza - ainda que em um pequeno jardim - a tão sonhada qualidade de vida.


Um pequeno texto do grande mestre Burle Marx, referência mundial no contexto paisagístico contemporâneo traduz a nossa inspiração e nos faz admirá-lo cada vez mais:

"Para compreender a planta ou a forma, seria necessário compreender toda uma série de perfis que definem a planta no espaço/tempo. Analisando-a, encontra-se uma sucessão de estados necessários, dependentes e complementares. A germinação, o crescimento, a floração e frutificação são fenômenos que traduzem uma posição no espaço e uma projeção no tempo.O espectador deve ser conduzido através desses elementos diversos, de forma a se sentir dentro de um todo, onde a riqueza de detalhes se apresenta como numa música, em tempo e espaço.

No campo do paisagismo, não é possível falar de estética isoladamente.O jardim está ligado a todas essas funções que existem na natureza e que formam um todo orgânico. Por outro lado, esse todo se prende igualmente à vida do atribulado ser humano em busca de equilíbrio, de felicidade e de identificação com o meio. Essa comunhão se manifesta em todas as pequenas nuances capazes de despertar emoções de ordem poética. As emoções a que me refiro, o sentir prazer, o sentir beleza, e mesmo o sentir calor e sentir frio, descem até os processos físicos e químicos, que se situam na base de todas as manifestações vitais.

Aspiro a uma criação livre, em sua formulação, porém profundamente comprometida com as raízes de minha compreensão e de minha visão global do mundo e da natureza. E essa visão é marcada por dois sentimentos, de que São Francisco de Assis foi um paradigma – o amor que nos impulsiona e a humildade que nos corrige.”




Trecho do livro Roberto Burle Marx – Arte & PaisagemJosé Tabacow – Organização e ComentáriosStudio Nobel 2004

quarta-feira, 10 de junho de 2009

Meio Ambiente

Prezados Amigos e Gestores,
Para conhecimento.
Renato Ribeiro


Você sabe o que acontece com o lixo eletrônico que você produz?

No mundo todo, tal questão mal ganhou atenção, e o problema está apenas começando a ser quantificado, tanto em número de resíduos gerados como em quanto se gastará para se reciclar e destinar ambientalmente adequado estes resíduos descartados por nós.
Segundo estimativas, somente nos Estados Unidos terão armazenado em 2009 cerca de 500 milhões de computadores obsoletos.
A Convenção de Basiléia, um acordo internacional que define a organização e o movimento transfronteiriço de resíduos sólidos e líquidos perigosos regulamentam o movimento destes resíduos entre países, estabelecendo obrigações e proibições às partes signatárias, para tentar controlar a entrada e saída de resíduos de modo a proteger países em desenvolvimento de se tornar grandes lixeiras de países desenvolvidos. O Brasil é signatário de tal convenção desde 93 e os EUA, maior gerador de resíduos eletrônicos do mundo não faz parte desta convenção, sendo que outros 170 países são signatários.

Com a redução do preço dos eletrônicos e melhoria das economias mundiais, a produção deste lixo eletrônico aumenta ano a ano. O que leva muitos países industrializados a exportar seus resíduos para países em desenvolvimento, pois é muito mais barato mandar para o terceiro mundo, do que arcar com as despesas de reciclagem e disposição final adequada. Muitas vezes essa transferência de resíduos eletrônicos para outros países vem disfarçada em ações de ajuda, com desculpas de levar tecnologia para países pobres, como por exemplo, a atitude de vários países europeus, que mandam celulares recondicionados para países africanos a preços irrisórios para se desfazerem destes resíduos.


Parte do lixo eletrônico produzido no Brasil é processada por aqui mesmo, outra parte é mandada para países como a Bélgica, que possuem uma sólida indústria de reciclagem destes materiais, com reaproveitamento de quase todos compostos e ligas que constituem estes componentes eletrônicos.
Mas apenas uma ínfima parte dos eletrônicos que são produzidos no mundo tem um destino pós-consumo adequado. Grande parte destes resíduos vai parar em países pobres e miseráveis, contribuindo para o péssimo nível de vida destas localidades ao incrementar os problemas ambientais e de saúde. Países como o Quênia, Nigéria e a China são alguns dos destinos contumazes destes produtos. O Quênia e Nigéria por serem países miseráveis que exercem pouco ou nenhum controle sobre esses resíduos. Já a China, onde apesar de ser banida a importação, sofre com a falta de controle e a corrupção, que acaba favorecendo a entrada.
A cidade de Guiyu, antes um pequeno vilarejo produtor de arroz localizado no sudeste da China, tornou-se a capital mundial do lixo eletrônico ao começar receber todo tipo de lixo eletrônico proveniente do ocidente.



A cidade hoje concentra cerca de 60 mil trabalhadores, incluindo crianças, ganhando cerca de 3 reais por dia para desmontar produtos eletrônicos em busca de materiais que tenham algum valor. Boa parte da “reciclagem” é feita queimando as fiações e outros componentes com uma mistura conhecida como Aqua Regia, que contém 75% de Ácido Hidroclorídrico e 25% Ácido Nítrico. Este composto extremamente tóxico polui o rio que abastece a cidade, contamina as águas subterrâneas e envenena a população gradualmente, já que maioria dos trabalhadores fazem esta extração sem nenhuma proteção. Fatos que obrigam que toda água potável consumida na cidade seja proveniente de outra localidade. Teste de acidez da água mostra que ela está próxima a zero, o mais alto grau de acidez. Além de contaminar a água da região, isto retorna em forma de chuva ácida que contamina regiões mais distantes e mata plantações.


Os resíduos eletrônicos, contem uma vasta gama de materiais tóxicos causadores de centenas de doenças, dentre elas o câncer, produtos como: Berílio, Cádmio, Bário, Mercúrio, Chumbo, PCBs e
Retardantes de chama .
Diversos composições que quando queimados liberam dioxinas e furanos Segundo estimativa da RSA – Sociedade Real para o Fomento Comércio e Artes da Inglaterra, um britânico médio consumirá ao longo de sua vida, cerca de 35 celulares, 15 impressoras, 7 monitores, 24 mouses, 6 televisores e 8 cpu´s dentre outros, o que resulta na geração de 3,3 toneladas de lixo eletrônico durante o período de uma vida.
Tal levantamento gerou o projeto
WeeeMan, que é um homem composto de todos produtos eletrônicos dispensados por um britânico médio ao longo da vida. O que não é pouca coisa.



A BAN – Rede de Ação da Convenção de Basiléia, instituição que promove as ações previstas na convenção tem um web site em inglês com diversas informações sobre o assunto, e dentre eles, promovem um filme intitulado The Story of Stuff que demonstra a intrincada rede de conexões ambientais e sociais entre o consumidor e a cadeia de vida dos produtos consumidos, chamando-nos para contribuir para um mundo mais justo e sustentável, onde cada um pode fazer sua parte. Clicando no link abaixo você pode fazer o download do filme.




Mas temos de ponderar que quando falamos da geração de todo esse lixo, desse descarte eletrônico, nós vamos além do paradigma da redução do consumo, onde se propõe que muitos dos problemas ambientais podem ser resolvidos com a redução do consumo. Pois com os atuais níveis de evolução tecnológica, o ato de comprar um novo produto vai além da escolha em se adquirir ou não este produto em questão, e chega na necessidade de se ter o novo equipamento pela simples obsolescência do predecessor.
Isso nos leva ao ponto crucial de que não basta apenas consumir conscientemente, mas também cobrarmos e agirmos pela implementação de programas de reaproveitamento, reciclagem e descarte adequados de tais produtos, pois queiramos ou não, a tecnologia que tanto nos facilita a vida força o incremento da geração de resíduos perigosos.













terça-feira, 2 de junho de 2009

Meio Ambiente

Prezados Amigos e Gestores,
Para conhecimento.
Renato Ribeiro

Só o deserto do Saara está livre da ocorrência de terremotos, diz pesquisador.



O único lugar do mundo livre da ocorrência de um terremoto é o deserto do Saara, na África, segundo o chefe do Departamento Sismológico da Universidade de Brasília (UnB), George Sand de França. Em entrevista ao programa Revista Brasil da Rádio Nacional, França aproveitou para dar a definição de técnica de terremoto, que é o movimento entre dois blocos que estão sob pressão.Esse movimento acontece onde há fraturas e a maioria delas é entre placas tectônicas, que são blocos, e quando essa pressão quebra a resistência dela [da placa] acontece o terremoto e gera esses abalos sísmicos violentos, explica.Segundo o pesquisador, a grande maioria dos tremores, 99%, ocorre nas bordas das placas tectônicas e o restante no interior das placas. O maior terremoto registrado até hoje foi, em 1960, no Chile, e atingiu 9.5 pontos na escala de Richter. A escala mede a intensidade dos terremotos, que vai até os 10 pontos.França disse, ainda, que a zona da Terra onde há maior atividade sísmica é localizada no Círculo de Fogo do Pacífico, que engloba toda a costa do Oceano Pacífico, o Japão, a Rússia e os Estados Unidos até a costa oeste sul-americana.Ele lembrou que, no Brasil, a região Nordeste é onde há mais registros de abalos sísmicos. As cidades de Sobral (CE) e João Cândido (RN) são os locais onde foram registrados tremores de terra. Outro local onde também há registro de tremores é na cidade de Porto Gaúcho (MT).Outro episódio citado pelo pesquisador foi a cidade de Januária (MG), que ocorreu no fim de 2007. Com o terremoto, algumas casas foram atingidas e uma criança morreu. É o primeiro caso que a gente vê que está ocorrendo atividade sísmica freqüente, disse.França afirmou ainda que, na história da Itálita, há vários registros de terremotos, mas que não se esperava um tremor de tamanha magnitude, como foi o caso dos abalos que atingiram a cidade Áquila, de intensidade 5.8 na escala Richter.


Pesquisa da UFRJ busca produzir etanol a partir de alga marinha.

Uma pesquisa da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) usa um tipo de alga que não se encontra em qualquer lugar. Tem origem na Ásia, mas no Brasil é que se revelou a possibilidade de se extrair álcool combustível delas.Nem dá tempo de se distrair com a paisagem. Estamos navegando nas águas de Itacuruçá, litoral sul do estado do Rio de Janeiro. Nosso destino não é uma praia. Estamos atrás de uma plantação: discreta, perto de um costão - dentro d’água, de algas. O que também pode surpreender alguns é a serventia dessas plantas.As algas são as maiores produtoras de oxigênio do planeta. Ajudam a limpar as águas, por se alimentarem de matéria orgânica, esgoto. Acredite: com a Kappaphycus alvarezii, nós temos contato todos os dias. Ela já é conhecida e explorada há anos em diferentes pontos do mundo, especialmente na Ásia. Dela se extrai uma geléia, a carragena, que é utilizada em vários produtos: pasta de dente, presunto, xampu e sorvete.No Brasil, até agora, só houve autorização de plantio entre a Baía de Sepetiba, no Rio, e Ilhabela, em São Paulo. O cultivo é fácil e rápido. Em 45 dias, a alga está no ponto da colheita. Feita no braço, trazendo a rede que as mantêm na superfície. Você não sabia, mas já existe uma pesquisa para extrair da Kappaphycus alvarezii mais um produto. Alga seca - A pesquisa do professor Maulori Cabral, da Universidade Federal do Rio, já dura dois anos. “A partir dessa alga seca, a primeira coisa é fazer a reidratação, com a lavagem para tirar sais. Ao lavar, você tem as algas que começam a ser reidratadas", mostra Maulori Cabral.A fervura desse material é a próxima etapa - adicionando ácidos para "quebrar" a carragena, transformando-a em um líquido. Depois, nova mistura, agora com leveduras, células que fermentam e produzem álcool a partir de moléculas de açúcar. Após 26 minutos, na estufa a 30ºC, em uma temperatura agradável, a quantidade de gás no tubo mostra que houve uma fermentação perfeita.“Se tem gás na parte de cima, isso significa que o líquido tem uma mistura de água e etanol. Para ser utilizada como biocombustível, a mistura precisa ser destilada”, explica Maulori Cabral. Segundo o professor Maulori, se tudo der certo, em 2013 o projeto sai do papel. Ainda é preciso aumentar a produção de algas, melhorar as técnicas, investir em novas pesquisas. Só assim, teremos a que está sendo considerada a terceira geração do álcool combustível.Ainda falta muito para isso se tornar realidade. Mas, segundo os pesquisadores, existem vantagens de se retirar álcool de alga, se comparado com o de cana: é possível uma produção bem maior na mesma área plantada e não ocupa terra, solo. Não é preciso usar água doce para irrigar. E ainda: a cana tem de ser colhida e moída rapidamente. Já a alga, depois de seca, pode ser estocada, servindo para regular a safra. (Fonte: G1)

Meio Ambiente

Prezados Amigos e Gestores,
Para conhecimento.
Renato Ribeiro

Mexilhões sobrevivem à acidificação dos oceanos, diz pesquisa


Uma equipe de cientistas descobriu que os mexilhões são capazes de sobreviver à acidificação dos oceanos, após estudar o comportamento destes moluscos em uma zona do Pacífico com grandes concentrações de dióxido de carbono.
Segundo publica hoje a revista britânica "Nature Geoscience", um grupo de pesquisadores da Universidade de Victoria (Canadá) traz novos dados sobre a resposta dos organismos à acidificação dos oceanos, uma das principais ameaças atuais e futuras para a fauna marinha.
Para isso, os cientistas estudaram a resistência e a evolução dos mexilhões próximos ao vulcão de Eifuku, no arquipélago das Marianas, uma zona que tem um alto nível de acidificação.
De forma simultânea, os especialistas observaram o comportamento desta espécie em outras áreas com níveis de concentração de dióxido de carbono normais.

Assim, os cientistas descobriram que, apesar de a espessura da carapaça dos mexilhões das áreas mais acidificadas ser sensivelmente menor e de a taxa de crescimento ser reduzida pela metade, os moluscos eram capazes de resistir a estas duras condições.
De fato, embora a menor espessura da concha pudesse deixá-los mais indefesos frente a outros organismos marítimos, o nível de acidificação lhes proporcionava uma segurança adicional, ao impedir o desenvolvimento de outras espécies ameaçadoras, como os caranguejos .

Meio Ambiente

Prezados Amigos e Gestores,
Para conhecimento.
Renato Ribeiro


Atum-azul em Perigo




Nos últimos tempos, a pesca predatória nos oceanos reduziu o estoque de vários peixes de forma dramática. No Mediterrâneo, doze tipos de tubarão estão comercialmente esgotados. No mar do norte, o bacalhau praticamente desapareceu. Agora, a ameaça recai sobre um dos peixes mais apreciados do mundo, o atum-azul, cuja carne macia e saborosa – principalmente na região da barriga – é usada na confecção dos melhores sushis e sashimis.
Existem vários tipos de atum. O atum em lata, servido em sanduíches e saladas, pode ser tanto o bonito-de-barriga-listrada, espécie de 1 metro de cumprimento, pescado em grandes quantidades em todo o mundo e servido como “atum de carne leve”, quanto a albacora, peixe de pequeno porte, comercializado como “atum de carne branca”. A albacora-de-laje e a albacora-bandolim são espécies maiores e muito pescadas, mas não servem para o preparo dos mais finos sushis, então são servidas grelhadas. Já o atum-azul, um gigante entre os peixes, é a primeira opção de escolha para o preparo dos sushis e sashimis e um dos pescados mais desejados o planeta. Por isso mesmo é que o atum-azul é provavelmente a espécie mais ameaçada dos peixes grandes. A sobrepesca negligente está levando esse peixe à extinção e, a menos que empresas de pisicultura aprendam como criar o atum-azul em cativeiro, ele poderá desaparecer em curto tempo.

Com peso máximo, até agora registrado, de quase 700 kg e 4 metros de comprimento, o atum-azul é uma massa de músculos superaquecidos que corta as águas dos mares e dos oceanos, sacudindo a cauda em forma de cimitarra. Enquanto a maioria das cerca de 20 mil espécies de peixes conhecidas são de sangue frio, ou seja, a temperatura do corpo é igual àquela da água que as envolve, o atum-azul é das poucas espécies de peixes de sangue quente. Quando mergulha á profundidade de 1 km, onde a temperatura da água chega a 5C, o atum-azul pode manter a temperatura do corpo a 27C, muito próxima á dos mamíferos. O atum-azul pode nadar no máximo a 80km/h num arranque súbito e atravessar o atlântico em menos de 60 dias. Os pesquisadores descobriram que a eficiência de cauda está na interação dos vórtices criados pela rápida flexão da estrutura. Reprodução: As fêmeas produzem mais de 10 milhões de ovos por ano. Um peixe recém-eclodido (a larva) tem cerca de 3 mm de comprimento e cresce a taxa de 1 mm por dia. Expectativa de vida: a larva do atum-azul tem apenas uma chance em 40 milhões de conseguir chegar á maturidade, mas um atum-azul adulto pode viver cerca de 30 anos.


Preço: Em 2001 um atum-azul de 200 kg foi arrematado no mercado japonês de peixes por US$ 173.600,00 mais ou menos US$ 870,00 o quilo.


Assim como os lobos, os atuns-azuis freqüentemente caçam em grupo. O cardume assume a forma de uma parábola que vai se aproximando rapidamente da sua presa, até fechar o cerco. O atum-azul está adaptado metabolicamente para perseguições em alta velocidade, mas, como predador oportunista (e, por necessidade, compulsivo), comerá qualquer coisa que estiver ao seu alcance, sejam cavalas de nado ligeiro, linguados que vivem no fundo de areia ou esponjas de hábitos sedentários. Um estudo do conteúdo estomacal do atum-azul da Nova Inglaterra, realizado por Bradford chase, do Departamento de pesca Marinha de Massachusestts, que o item alimentar predominante, por peso, foi o arenque atlântico, seguido por galeotas americanas, anchovas e lulas. Também encontraram a merluza prateada, linguados, savelha, cavalo-marinho, bacalhau, solha, pescada-polaca, peixe porco, peixe agulha, peixe-escorpião, cação-espinho, arraia, polvo, camarão, lagosta, caranguejo, siri, salpa e esponja. O atum-azul comerá tudo aquilo que puder apanhar; e ele consegue capturar quase tudo que estiver flutuando, rastejando ou parado no fundo do mar. De maneira geral, o sentido que eles mais usam durante a caça é a visão.
O atum-azul nem sempre foi considerado uma iguaria. No começo dos anos 1900 esse peixe era conhecido como “cavala”, e sua carne vermelha, de sabor marcante, era julgada apropriada apenas para alimentar cães e gatos. Os grandes pescadores de Nova Jersey e da Nova Escócia, entretanto, pescavam o atum-azul pelo fato de o grande peixe ser considerado um adversário de respeito. Zane Gray, autor popular de romances de faroeste como o forasteiro, investiu a maior parte dos seus lucros, que não eram poucos (seus livros atingiram a marca de mais de 13 milhões de exemplares vendidos), em equipamento de pesca, barcos e viagens para locais exóticos à procura de atuns, peixes-espada e marlins. Embora o peixe-espada fosse comestível, o atum e o marlim eram vistos apenas como objetos caça, troféus. O atum-azul veio a se tornar um peixe de valor comestível só a partir da última metade do século 20, quando o sushi se espalhou pelos cardápios do mundo todo. Pode-se dizer que pratos como sushi e sashimi fazem parte da alimentação japonesa há séculos, mas na verdade a difusão do consumo de peixe cru é fenômeno relativamente moderno. Sempre na dependência do mar como provedor de grande parte da proteína de sua dieta, os japoneses não podiam estocar os peixes durante longos períodos de tempo por causa da deterioração. Então eles deviam ser defumados ou conservados e salmoura para não estragar. Depois que os refrigeradores foram introduzidos no Japão pós-guerra, os peixes foram estocados quase indefinidamente. Quando a indústria pesqueira adotou novas tecnologias de pesca, como o espinhel (que usa longas linhas de onde saem vários anzóis com iscas), redes de arrasto (grandes redes que permitem pescar cardumes inteiros) e congeladores a bordo, as circunstâncias tornaram-se propícias para uma modificação sem precedentes dos hábitos alimentares japoneses. O atum-azul passou de um peixe que os samurais nunca comiam, por sua carne ser impura, a maguro, iguaria que pode ser tão caro quanto a trufa ou o caviar. O toro, maguro de melhor qualidade, vem da carne rica em gordura do abdômen de um atum-azul adulto. A trufa e o caviar são caros por serem raros, mas o atum-azul, que antes não era apreciado, podia ser encontrado em grandes cardumes a pouca distância do litoral, logo se tornando uma iguaria apreciada internacionalmente. Em 2001, um único atum-azul foi vendido por US$ 173.600 no mercado de peixe Tsukiji, em Tóquio.
Nos Estados Unidos, onde comer carne crua era tabu há até 40 anos, o sushi e o sashimi tornaram-se pratos bem conhecidos. O restaurante chamado Massa, tornou-se o restaurante mais caro da cidade; um almoço ou jantar para dois facilmente pode exceder US$ 1 mil. Isso explica por que um peixe que pode ser vendido a centenas de dólares a posta está atraindo cadê vez mais o interesse das grandes indústrias pesqueiras. Todo esse ímpeto em abastecer o mercado japonês de sushi e sashimi tem intensificado a pesca do atum-azul por todo mundo. Os japoneses tentaram encher suas despensas (bem como os frigoríficos e mercados de peixe), com atuns originários de suas próprias águas, como o atum-azul do pacífico (thunnus orientalis), mas logo viram que os atuns eram maiores e mais abundantes no Atlântico Norte. A partir daí os compradores da importadoras japonesas começaram a freqüentar cada vez mais as docas de portos americanos, caso de Gloucesster e Barnstable, em Massachusetts, prontos para testar o teor de gordura dos atuns. Os peixes que passavam no teste eram comprados ali mesmo e embarcados para o Japão.
Em 2006 a World Wildlife Found (WWF) reivindicou o fim de toda pesca de atum no Mediterrâneo, mas considerando que se trata de atividade altamente lucrativa, pode-se imaginar como esse apelo foi “eficaz”. Em sua última reunião, realizado em novembro de 2007, o ICCAT (a Comissão Internacional para a Preservação do Atum do Atlântico) ignorou os argumentos dos conservacionistas e estipulou as cotas de 2008 aproximadamente para o mesmo nível daquelas de 2007. A organização adotou um plano para diminuir a pesca do atum Mediterrâneo em 20%, por volta de 2010, seguida de mais redução a partir daí, mas o diretor da delegação dos Estados Unidos foi contra essa medida paliativa, dizendo que o ICCAT “não cumpriu a missão para a qual foi fundado”. Mesmo se fossem estipuladas cotas menores, o atum-azul ainda assim estaria em perigo. A indústria pesqueira está repleta de frotas irregulares e ilegais que ignoram cotas, restrições, fronteiras e quaisquer outras regras e regulamentos que possam ameaçar seus negócios. Além disso, o mercado japonês que devora cerca de 60 mil toneladas de atum-azul todos os anos, mais de três quartos da pesca global. Só quer saber de comprar o atum, venha de onde vier e independentemente de como esses peixes são capturados. Os pesqueiros japoneses sempre dão um jeito de burlar até mesmo as restrições impostas pelo seu próprio país, capturando milhares de toneladas de atum ilegal todos os anos e então falsificando seus registros. Seria um enorme avanço se a pesca desse peixe não fosse praticada de modo desumano, mas isso implicaria nada menos que uma mudança nos princípios da natureza humana. Enquanto as populações de atum-azul continuam a diminuir, a demanda japonesa por toros está crescendo; menos atum será sinônimo de preços mais altos, o que por sua vez, poderá levar a uma pesca mais intensa. O aumento da pesca resultará, certamente, em menos atum. Tudo poderia ser diferente se os japoneses diminuíssem a sua demanda por maguros, mas isso parece ser tão improvável quanto esperar que os americanos deixem de comer hambúrguer. Talvez as coisas estejam piores no Mediterrâneo. Empregando idéias e tecnologias originalmente desenvolvidas no sul da Austrália (com atum-azul do sul, Thunnus maccoyii), os pescadores encurralam grandes cardumes de atuns de médio porte, confinando-os em gaiolas flutuantes, que depois são arrastadas até as fazendas marinhas. Lá os peixes são alimentados e engordados até que possam ser abatidos e embarcados para o Japão. Existem regras que proíbem as frotas pesqueiras de capturar atuns de pequeno e médio porte no Mediterrâneo, mas nenhuma que impeça a captura e a engorda de indivíduos jovens demais em gaiolas flutuantes.

Todos os países do Mediterrâneo (com exceção de Israel) tiram vantagens desse “furo” na lei e mantêm fazendas marinhas em seu litoral. Pescadores da Espanha, França, Itália, Grécia, Turquia, Chipre, Croácia, Egito, Tunísia, Argélia, Marrocos e Malta estão capturando centenas de milhares de atuns que ainda não atingiram a maturidade. A melhor receita para acabar com uma população de peixe é esta: capture-os antes que estejam desenvolvidos o bastante para poder se reproduzir; mantenha os confinados até que possam ser abatidos. As fazendas de atum, outrora consideradas a solução para o problema, estão agravando-o cada vez mais.

Em 2005, John Marra, oceanógrafo previu que a pesca comercial oceânica não durará muito tempo. No mundo todo, falhamos no manejo dessa atividade. Em poucas décadas, não haverá mais pesca a ser administrada. Segundo Marra, a domesticação em larga escala dos mares e dos oceanos com criadores de peixes reproduzindo, criando e capturando, comercialmente, as espécies mais valiosas. Marra reconhece que certas fazendas marinhas provocam sérios danos ao meio ambiente. Elas poluem os ecossistemas costeiros, prejudicando as populações naturais de peixes pela disseminação de doenças e de produtos tóxicos. A solução, de acordo com o pesquisador, seria a mudança das chamadas “atividades de maricultura” para zonas bem mais distantes da costa, fora da plataforma continental. Lá seriam dispostos grandes “currais” flutuantes (estruturas cercadas por redes com aproximadamente 100 mil m3 de água), que poderiam ser rebocados de um destino a outro. Essa estratégia, pelo menos, dispersaria os poluentes gerados pela prática da maricultura, diminuindo assim os danos ambientais.
A reprodução do atum-azul em cativeiro é o maior desafio. Uma empresa que está tentando realizar essa façanha é a Clean Seas Aquaculture Growout, do stehr Group em Port Lincoln,
Sul da Austrália. O governo Australiano concedeu à empresa uma subvenção de US$ 3,4 milhões para a ajudar na comercialização do atum-azul criado em cativeiro. A companhia está cultivando o olho-de-boi (Seriola lalandi) e a corvina-africana (Argyrosomus hololepidotus), hoje produzidos comercialmente. Em outubro de 2006, a Clean Seas transportou por avião um estoque de atum-azul do sul (machos e fêmeas sexualmente maduros) de seus currais para tanques de 3 milhões de litros, projetados para reproduzir condições ótimas de desova. Após a desova, os atuns são transportados através do mar para as fazendas marinhas e cada gaiola contém cerca de 250 atuns, São alimentados até que estejam gordos o bastante para serem vendidos. Peças frescas de atum são enviadas ao Aeroporto Internacional de Los Angeles, onde são embarcadas em vôos diretos para o Japão. De uma maneira ou de outra isso teria de acontecer, pois a sobrevivência da espécie e a indústria do atum dependem disso.








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MARES SUFOCADOS




Caros amigos, a condição mais grave de falta de oxigênio no mar já registrada na Costa Oeste dos Estados Unidos transformou partes do fundo do oceano ao lado do Estado do Oregon num tapete de caranguejos mortos e moluscos apodrecidos. Praticamente todos os peixes fugiram da área. Cientistas, que esperavam encontrar os primeiros sinais de recuperação após o fim do período do "zona morta", encontraram, em vez disso, sinais ainda mais intenso de falta de oxigênio no fundo do mar. Este é o episódio de "zona morta" mais grave já registrado desde que o fenômeno foi identificado pela primeira vez, em 2002. Os níveis de oxigênio dissolvidos no mar chegam perto de zero em alguns locais. "Vimos um cemitério de caranguejos e não encontramos nenhum peixe o dia todo", afirma Jane Lubchenco, professora de Biologia Marinha na Universidade Estadual do Oregon. "A carnificina é chocante e deprimente".

A zona morta do Oregon aparece quando o vento gera fortes correntes que levam água rica em nutrientes, mas pobre em oxigênio, do mar profundo para a superfície próximo a costa, um processo chamado de ressurgência. Os nutrientes estimulam o crescimento de plâncton, o qual, eventualmente, morre e desce para o fundo do oceano. Bactérias consomem o plâncton, usando o oxigênio. Alertas sobre essas zonas mortas foram dados pela primeira vez no Oregon, em meados de 2002. Onde estudos mostram peixes e invertebrados mortos cobrindo a superfície do mar. A culpa é atribuída a hipoxia, que é a falta de oxigênio que pode decorrer da decomposição de matéria orgânica em áreas onde águas profundas sobem para a superfície.

As zonas mortas também estão ligadas as mudanças climáticas; E com isso aumentando o surgimento de paisagens submarinas estéreis em água costeiras. A expansão das “zonas mortas” não representa um problema apenas para a biodiversidade, mas também ameaça a pesca comercial de muitos países. Essas áreas não são novas; elas se formam sazonalmente em ecossistemas economicamente vitais do mundo todo, incluindo o golfo do México e Chesapeake. Que entram no Golfo do México pelos rios Mississipi e Atchafalaya, abastecidos por massas de água vindas de todo o país. Esses poluentes contêm fósforo e nitrogênio, excelentes alimentos para as algas. Quando chega a primavera e a neve derrete, os níveis mais altos de água trazem mais nutrientes para as algas, que também florescem em água morna. A zona morta chega ao pico em torno do início de agosto e depois recua durante o outono, quando os níveis de nitrogênio na água diminuem.

O escoamento de resíduos agrícolas (fertilizantes) e esgoto são responsáveis por muitas dessas zonas; o uso cada vez maior de fertilizantes nitrogenados vem dobrando o número de bolsões sem vida. Década após década, desde os anos 60. Nada menos de 405 zonas mortas se espalham pelo litoral de todo o globo.


O mapa ao lado, apresenta concentrações de fito plâncton, as florações de algas que contribuem para as zonas mortas, nas águas da Costa do Golfo.

A zona morta de 2007 é uma das maiores desde que as medições começaram, em 1985. Ela foi mapeada em torno de 20.461 km² - maior do que vários estados dos EUA [Fonte: CNN (em inglês)]. A zona morta de 2006 tinha 17.254 km² [Fonte: BBC (em inglês)], ao passo que a de 2002, a maior registrada até agora, media 22.002 km² [Fonte: Reuters (em inglês)].
Em 2007, o nível de nutrientes que aumenta o aparecimento de algas e entra no Golfo do México apresentou um aumento de 300% em relação aos níveis de meio século atrás, quando as zonas mortas eram ocorrências raras [Fonte: BBC (em inglês)]. Um cientista da Universidade Estadual de Louisiana atribuiu a mudança ao aumento do cultivo intensivo, que geralmente utiliza vários fertilizantes ricos em nitrogênio, aliado aos efeitos do clima [Fonte: BBC (em inglês)].
A Administração Nacional dos Oceanos e da Atmosfera dos EUA (NOAA), que monitora a zona morta, diz que a área oferece perigo para a indústria pesqueira, que fatura US$ 2,8 bilhões por ano e opera nas costas do Texas e da Louisiana [Fonte: NOAA (em inglês)]. Milhares de quilos de camarões-rosa são capturados todos os anos nessas águas, mas durante a última década os pescadores relataram uma diminuição na captura desses camarões. Eles podem estar morrendo ou simplesmente nadando para outras águas em que possam respirar.

A zona morta do Golfo do México não é a única área hipóxica do mundo. Durante anos, o lago Erie apresentou uma zona morta recorrente, que acreditava-se ser resultado da mistura de contaminação por fósforo, espécies invasivas de mariscos e clima quente. Um relatório das Nações Unidas, em 2003, afirmou que o número de zonas mortas sazonais ao redor do mundo dobrou de dez em dez anos desde a década de 1960 [Fonte: BBC (em inglês)]. Um relatório da NOAA cita os níveis baixos de oxigênio como um grande problema em canais rasos e em áreas costeiras ao redor do mundo.Existem outros problemas para as comunidades pesqueiras também. As florações de algas nocivas (FANs), como a maré vermelha e as algas douradas, produzem toxinas quando se decompõem, matando a vida marinha e fazendo que as criaturas se tornem venenosas (em inglês) para os humanos. As FANs, contudo, não devem ser confundidas com as florações de algas descritas acima. Embora a poluição humana contribua com a zona morta do Golfo do México e com outras áreas hipóxicas, os cientistas ainda têm de estabelecer uma ligação entre a poluição e as FANs, que ocorrem naturalmente.

Meio Ambiente

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Produtos orgânicos persistentes (POP'S)

Poluentes orgânicos persistentes são substâncias danosa a saúde, altamente tóxicas, formadas por compostos químicos sintéticos,, orgânicos, semelhantes a compostos dos seres vivos. Estão em todos os lugares e são repassados de geração a geração, acumulando-se no meio ambiente e nos organismos das, pessoas e animais e plantas. Como exemplo citamos, produtos como o DDT, os PCB's (bifenilas policloradas), aldrim, dieldrin, clordano, heptacloro e outros.
Como principais características deste poluente podemos citar:
- Persistência: permanecem no ambiente durante longos períodos.
- Bioacumulatividade: eles se acumulam no tecido gorduroso(adiposo) de seres humanos e animais, como já citado, chegam a ser transferidos de geração em geração.
- Nível altamente tóxico: mesmo em baixas concentrações(pg – picograma; ppt – pg/L ou pg/kg) eles causam graves problemas como disfunções hormonais.
- Capacidade de percorrer longas distâncias: motivo pelo qual também contaminam regiões distantes da sua fonte de produção.

Os POP's são gerados em diversos processos industriais, dentre eles se destacam: 1) produção de PVC, plástico utilizado em brinquedos, utensílios domésticos, tubos e conexões; 2) produção de papel, através do processo de branqueamento com cloro; 3) fabricação e composição de produtos agrícolas; 4) incineração de lixo doméstico, hospitalar e industrial; 5) processos industrias , todos os que empregam cloro e derivados do petróleo.
A primeira evidência que relacionou os POP's a danos à vida selvagem foi descoberta na América do Norte nos anos 60, quando diagnosticou-se que a população de falcões peregrinos estava diminuindo devido a contaminação por agrotóxicos. Subseqüentemente, uma lista de evidências crescente apontou os POP's como causadores de uma séries de efeitos a saúde, especialmente em espécies predadoras no topo da cadeia alimentar. Dentre esses efeitos, encontram-se : 1) problemas na reprodução e declínio populacional; 2) tireóides com funcionamento anormal e outras disfunções hormonais feminilização de machos e masculinizações de fêmeas; 3) sistema imunológico comprometido; 4) tumores e cânceres; 5) anormalidades comportamentais; 6) maior incidência de má formação fetal(teratôgenese).
Existem evidências crescentes de que os POP's estão causando danos a saúde humana e, o que não é surpresa, que os efeitos são semelhantes aos causados na vida selvagem: tumores múltiplos e cânceres, distúrbio no aprendizado, alterações no sistema imunológico, problemas na reprodução, como infertilidade, lactação diminuída em mulheres em período de amamentação, uma série de doenças como aumento da incidência de diabetes e endometriose.
Temos outros relatos a nível mundial da diminuição da qualidade de vida em função da exposição aos POP's, como:
a) Crianças no Japão apresentaram peso extremamente inferior ao normal no nascimento, diagnosticados após a ocorrência de contaminação de arroz com PCB's e dioxinas.
b) O leite materno de mulheres do sul do vietnã apresentaram os maiores índices de dioxinas e furanos já encontrados dentre todos os casos já visto. Esta contaminação se deu em virtude da aplicação sem controle do “agente laranja” agrotóxico desfolhante contaminado por PCB's e dioxinas utilizado sobre o país como arma química durante a Guerra do vietnã.
c) Bebês esquimós, cujas mães apresentam PCB's no leite materno, sofreram problemas no sistema imunológico e retardamento do crescimento pós-partos.
d) Pesquisas mostram que regiões expostas ao vento proveniente de incineradores, possuem índice de mortalidade infantil nos primeiros anos de vida de 40 a 70% maior do que a média dos países avaliados; devido a dioxinas e furanos recebido destas incineradoras.

A comunidade internacional, através do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente decidiu como um dos resultados da conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento, realizada no Rio de Janeiro em 1992, a ECO-92, que devemos eliminar os POP's do nosso meio ambiente. Eles priorizaram uma lista de 12 POP's altamente tóxicos que deveriam ser eliminados. Todos os elementos desta lista, constituem a chamada “Dirty Dozen” , como ela é conhecida na comunidade internacional, são organoclorados e a maioria é de agrotóxicos.

Veja os 12 POP's que constituem “The Dirty Dozen”:

PCB's – Binefilas Policloradas – composto químico industrial;
Dioxinas – Subproduto involuntário industrial;
Furanos - Subproduto involuntário industrial;
Aldrin – agrotóxico, inseticida e para tratamento de madeira;
Clordano – agrotóxico;
DDT – agrotóxico inseticida;
Dieldrin – agrotóxico;
Endrin – agrotóxico;
Heptacloro – agrotóxico inseticida e para tratamento de madeira;
Hexaclorobenzeno(HCB) – agrotóxico – inseticida (pó de broca) subproduto industrial;
Mirex – agrotóxico- usado como formicida (combate de formigas);
Toxafeno – agrotóxico.

A maior parte dos POP's que pertencem a “Dirty Dozen” eram produzidos pela indústria na forma de inseticidas, fungicidas, agrotóxicos e subprodutos industrias estando a maioria deles proibida em muitos países. Mas alguns ainda são usados em países em desenvolvimento, sabe-se, por exemplo, que tanto a Índia quanto a china fabricam, usam e exportam o DDT, um POP proibido desde os anos 60 . Eliminar da cadeia produtiva dos processos e substâncias perigosas é a única forma destes contaminantes não atingirem o meio ambiente, portanto é o único caminho a ser adotado para resolver o problema dos POP's (GREENPEACE, 2001).
Segundo o relatório publicado pelo Programa de Meio Ambiente das Nações Unidas, em 1998, no Brasil não é produzido industrialmente nenhum dos 10 POP's: 1) aldrin; 2) clordano; 3)DDT; 4) dieldrin; 5) endrin; 6) heptacloro; 7) hexaclorobenzeno; 8)mirex; 9) PCB's e 10) Toxafeno. Além das dioxinas e furanos, que são produzidas indiretamente, existe no Brasil o problema de importação de alguns POP's. Sendo o principal deles o heptacloro, que é utilizado como conservante para madeira. Ao final de 1998 outros produtos químicos, incluindo metais pesados, como chumbo, tinham sido incluídos na lista inicial , aumentando o número de suspeitos para 60. uma estimativa recente elevou para 250 o número de possíveis interferentes endócrinos. A produção de DDT, será proibido para todos os países, exceto para aqueles que sofrem com os vetores transmissores de doenças como a malária(por exemplo a África). O diretor Executivo do PNUMA , Klaus Toepfer, declarou ao final da 3a reunião do INC, que : os temores estão aumentando no mundo. Basta ver que a pouco tempo atrás, muitos alimentos foram contaminados por dioxinas e PCB's na Europa(Bélgica, principalmente), levando as autoridades suspender as vendas e ordenar a destruição dos produtos.
Em 22 de maio de 2001, em Estocolmo,foi adotada a convenção sobre Poluentes Orgânicos Pesistentes, assinada em seguida por 105 países e pela União Européia. Até 31 de dezembro de 2002, 151 países haviam assinado a Convenção, e 24 países já tinham ratificado. Ela entraria em vigor 90 dias após a sua ratificação pelos Congressos/Parlamentos de 50 países. O objetivo da convenção é proteger a saúde humana e o meio ambiente dos efeitos deste perigoso grupo de produtos químicos.
A contaminação de lobos marinhos por POP's debilita a saúde dos animais mais jovens e pode contribuir para a sua morte, esta foi a conclusão do estudo dos tecidos de oito filhotes de lobo-marinho-sul americano(Arctocephalus australis) encontrados mortos no litoral do Rio Grande do Sul. Os pesquisadores do laboratório de Microcontaminantes Orgânicos e Ecotoxicologia da Fundação Universidade do Rio Grande do Sul., analisaram oito tecidos do organismo destes espécimes, com o objetivo de verificar a distribuição dos poluentes em diversos tecidos.(fígado, rins, bexiga, coração, glândula adrenal, músculo, pele e gordura) com a finalidade de avaliar onde os POP's tendem a se acumular. Foram encontrados os seguintes poluentes: PCB's, DDT, Clordanes e HCH's. Os POP's tendem a se acumular na gordura por serem lipofílicos, solúveis em água, o fígado fica em segundo lugar, como órgão de acumulção de POP's. Os testes afirmaram que os poluentes não provinham de contaminação direta, mas de bioacumulação antiga, ou seja, provavelmente as mães dos filhotes ingeriram peixes contaminados..
Estima-se que os POP's estocados incluam mais de um milhão de toneladas de PCBs distribuídos globalmente e mais de 100.000 toneladas de agrotóxicos obsoletos em países que não são membros da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico.
Em nível de Brasil existe uma associação a ACPO (Associação de Combate aos POP's) que foi fundada formalmente em 1994, por trabalhadores da então multinacional e estatal francesa Rhodia indústrias Químicas e Têxteis S.A - Grupo Rhône-Poullenc, motivados pela indiferença da empresa em buscar soluções eficazes para resguardar a saúde dos trabalhadores e a recuperação a adequada das áreas contaminadas pela empresa. Em torno de 10 mil pessoas que tiveram contato com resíduos organoclorados da Rhodia despejado em vários pontos da Baixada Santista tiveram o indicador biológico HCB, positivo no soro sanguíneo. Com a convenção de Estocolmo, em vigor desde 2004, propuseram-se a inclusão de mais 4 produtos na lista de poluentes orgânicos persistentes (POP's) mais perigosos, que devem ser banidos de todo o planeta:
Pirorretardante éter de pentabromodifenilo – à pedido da Noruega;
Hexaclorociclohexanos – solicitado pelo México todos os produtos químicos com esse composto;
Pesticida Clodecona – pela União Européia;
Pirorretardante hexabromobifenil – pela União Européia.

No Brasil temos vários casos sobre acidentes com POP's, dentre os quais podemos citar:
A Resicor Tintas e Solventes Ltda. - localizada no centro de Jacarezinho/PR, no Norte Pioneiro, com 20 mil tambores carregados de produtos químicos, considerados altamente tóxicos. A maioria dos tambores é de metal e praticamente todos estão sofrendo com a oxidação. Além disso, em dias de alta temperaturas ocorrem explosões, que provocam vazamento de gases. Acredita-se que o produto estocado é o hexeno, usado na fabricação de plástico e poliuretano. Segundo especialistas o produto também pode ser usado na fabricação de explosivos.
A empresa Gillete do Brasil ao adquirir da Duracell, uma área na região de Santo Amaro, zona sul de São Paulo, resolveu fazer um levantamento ambiental da área que adquiriu e identificou a contaminação do solo e da água. Parte do aqüífero da região, entre as pontes interlagos e do socorro, está contaminado com solventes clorados, substâncias utilizadas na fabricação de plástico e também para lustrar metais. Segundo o laudo da Cetesb obtido pela Folha, os principais solventes são cloreto de vinila, dicloroetano, dicloroeteno, tetracloroeteno e tricoloeteno, produtos tóxicos(CORTEZ, BASSETE, 2005). Em uma das empresa com poços analisados, a concentração de cloreto de vinila equivale a 46,8 vezes o padrão permitido. O cloreto de vinila é o composto mais tóxico identificado. Está com padrões muito acima do permitido e isso indica que realmente há uma contaminação forte no local. Esse é um problema grave e a recomendação é que as pessoas que utilizam água de poço peçam uma análise química para saber se não há a presença desses contaminantes.
O levantamento do Ministério da Saúde revela o mapa da contaminação ambiental no Brasil e conclui que a população está adoecendo por causa da poluição do solo e da água. O estudo aponta que hoje há 1,3 milhão de pessoas expostas diretamente ao perigo. São moradores próximos ás 15 mil áreas identificadas no relatório da secretaria de vigilância em saúde. O estado de São Paulo aparece com a região mais crítica. Tem 157 áreas de contaminação, que colocam em risco 470 mil pessoas. A população de pernambuco é a segunda mais ameaçada do País. O Estado tem 83 áreas mapeadas, que representam risco para 287 mil habitantes. No Rio de Janeiro foram encontrados 70 regiões problemáticas o número de pessoas expostas chega a 146 mil. Minas Gerais chega a ter 198 mil moradores expostos a 41 focos de contaminação.
Numa área chamada Cidade dos Meninos, em Duque de Caxias no Rio de Janeiro. Cerca de 1,4 mil pessoas foram expostas durante décadas á ação do HCH, um produto altamente tóxico usado como inseticida. Popularmente conhecido como pó de broca, toneladas do produto foram abandonadas. O material contaminou o solo, a água subterrânea, animais e vegetação da região atingindo uma área de pelo menos 70 mil metros quadrados. Cerca de 200 famílias permanecem no local expostas e o Ministério da Saúde já providencia a remoção(SALLUM 2005).
Contaminação do leite de Vaca por dioxinas na Alemanha no estado de Baden - Wurttemberg(sudeste da Alemanha). O leite e a manteiga foram retirada do mercado e descobriu-se que existiam dioxinas na ração que alimentava essas vacas e estava presentes como ingredientes uma polpa cítrica contaminada, que possuía componentes originários do Brasil. A polpa cítrica que era de origem brasileira, teve á proibição da sua importação a partir de abril de 1998, pela União Européia. Em 1999 o Greenpeace conseguiu mostrar que as dioxinas eram provenientes da fábrica de PVC Solay em Santo André, estado de São Paulo, que é da multinacional de origem Belga, que fornecia um cal para absorver água e neutralizar a polpa cítrica, esta cal estava contaminada por dioxina. Outro aspecto de relevância nesta investigação é que quem vendeu a cal contaminada é a Empresa Carbotex, que possui o mesmo endereço comercial da Solvay. Documentos oficiais estimam que os estoques de cal contamina no local chegavam a mais de 1 milhão de toneladas, o que é certamente uma das maiores concentrações de POP's na América Latina. A produção do plástico cloreto de polivinila(PVC ou, simplesmente, vinil) é uma das maiores fontes mundiais de dioxina por incineração ou em acidentes, como incêndios em casas. O PVC é um dos produtos clorados mais comuns, junto com o solvente de lavagem a seco, o percloroetileno. Também ele é usado na indústria automobilística, devido ao seu grande poder de dissolver óleos e graxas e está na lista de produtos cancerígeno.
O termo “dioxinas” é a denominação comumente usada, embora não seja a nomeclatura química correta para a classe química conhecida como dibenzo-p-dioxinas policlorados (PCDDs)e dibenzofuranos policlorados (PCDFs). A dioixina é um nome genérico dado a toda uma família de subprodutos indesejáveis da síntese de herbicidas, desinfetantes e outros.
No Brasil percloroetileno foi produzido pela Rhodia em Cubatão até a interdição da unidade por problemas ambientais e saúde ocupacional em 1993, sendo hoje fabricado pela Dow Química na Bahia. Em função da mudança de hábitos culturais, calcula-se que em torno de 2% da população recorra a lavanderias a seco, existem previsões de que este público alcance 10%. Este crescimento justifica o lobby que está sendo realizado contra a ANVISA de publicar a portaria que proíbe a utilização deste produto. Devido aos altos índices de dioxinas já presentes no ambiente global que irão persistir por muitos anos, medidas extremas precisam ser tomadas para conter a exposição humana à estas substâncias tóxicas.
As dioxinas e os furanos não existem de forma natural no meio ambiente. Esses compostos altamente tóxicos e extremamente persistente vão para a atmosfera por causa dos processos de combustão, desde aqueles que ocorrem nos motores automobilísticos até os da queima de lixo nos grandes incineradores.
DEHP – geralmente os ftalatos, surfactantes e ácidos graxos raramente são considerados ambientalmente significantes em função de suas propriedades toxicológicas baixas ou parcialmente desconhecidas. A utilização de ftalatos como plastificantes ocorre há muito tempo, principalmente na produção de cloreto de polivinila, o PVC. Os ftalados não estão”quimicamente” ligada aos plásticos o que permite sua transferência para o meio ambiente com muita facilidade. Em função desta facilidade de migração, os ftalatos, estão atualmente contaminando o meio ambiente, pois seu uso é vinculado a embalagens, roupas, revestimento de tetos, condicionadores de ar, cosméticos e tintas para impressoras, sacolas de plástico, etc...
No Brasil, a presença de plastificantes no lixiviado de aterros sanitários e lixões pode ser creditada a dois fatores:

1) ao hábito de acondicionar os resíduos domésticos, com grande quantidade de matéria orgânica nas sacolas plásticas de supermercados;
2) em função da alta de valor agregado e/ou de tecnologia, que justifique a reciclagem de alguns tipos de plásticos, como os usados para embrulhar balas e maços de cigarros, que ainda não encontram ainda mercado para reciclagem.
Na agricultura, também é utilizado ftalados por exemplo o tereftalados (benzeno-1,4-dicarboxilatos), o dimetil tetracloroftalato (DCPA) utilizado como herbicida, com nome comercial Chorthaldimetil (Dacthal).
A divulgação de uma pesquisa feita na Focruz. No Rio de Janeiro, que verificou que filmes plásticos de PVC, utilizados para revestir embalagens de alimentos, contêm substâncias tóxicas que podem migrar para alimentos, provocou confusão entre consumidores. A pesquisa identificou que o problema é causado por dois aditivos usados para dar flexibilidades aos filmes plásticos: o DEHP (ftalato de di-2-etil-hexila) e o DEHA adipato de di-2-etil-hexila). Essas substâncias se mostraram ligadas ao desenvolvimento de câncer de fígado e a problemas de fertilidade em teste feitos com animais, como foi noticiado pela Agência Fapesp. A Anvisa emitiu uma nota técnica com considerações sobre o assunto, na qual afirma que todas as empresas cuja a análises laboratóriais acusaram a presença do DEHP nos filmes plásticos, acima do limite estabelecido, foram notificadas para que se adequassem as legislações .
PCB's - os bifenis policlorados (PCB's) são largamente utilizados na indústria, como fluídos de transferência de calor, fluidos hidráulicos, diluentes orgânicos, fluídos dielétricos em transformadores elétricos e capacitores, este grupo de substância são conhecidos popularmente por “ascaréis” este nome surgiu a partir do uso de uma marca denominada “Askarel”, que designava a mistura de PCB com solvente clorado. Os PCB's são considerados cancerígenos, além de afetarem o sistema reprodutivo, e causarem danos irreversíveis em filhos de mulheres que sofreram exposição ao produto. Em 1981, a legislação brasileira proibiu a fabricação de equipamentos que utilizassem essas substâncias, mas na mesma lei se permitiu o uso de equipamento já existentes até o final da sua vida útil, período médio de 40 anos.
Hidrocarbonetos poliaromáticos (PAH's) – são constituídos por uma série de hidrocarbonetos, alquil benzenos e hidrocarbonetos aromáticos policíclicos. Estes compostos são componentes de óleo cru ou de produtos do petróleo. São também encontrados como produtos da combustão incompleta de compostos orgânicos, como fuligem, carvão, piche, fumaça de cigarro. Indivíduos expostos a misturas de PAH´s e outros compostos através da respiração e do contato na pele, durante longos períodos de tempo podem desenvolver câncer.

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Renato Ribeiro
As sete piores pragas da história

varíola matou quase 500 milhões de pessoas só no século XX. O último caso registrado da doença ocorreu na Somália em 1977 e o seu vírus hoje é guardado em dois laboratórios governamentais bem vigiados, nos EUA e na Sibéria, Rússia. A pergunta é: Para quê estão guardando isto?Este sucesso de erradicação só foi naturalmente possível porque o único hóspede do vírus era o homem, pois o vírus é incapaz de infectar quaisquer outras células. Efeitos colaterais em longo prazo para sobreviventes incluem as cicatrizes de pele características. Efeitos colaterais ocasionais incluem cegueira devido a ulcerações córneas e infertilidade em sobreviventes masculinos.A varíola foi uma das principais responsáveis pela destruição das populações nativas da América após a sua importação da Europa com Colombo. Juntamente com o Sarampo, Varicela e outras doenças, ela matou mais de 90% (25% da mundial) da população do continente, derrotando e destruindo as civilizações Asteca e Inca No início do século XVIII, a mulher do embaixador do Reino Unido na China propôs a inoculação de crianças com vírus vivo da varíola em Londres, prática muito comum no Império Otomano. Para convencer o povo, a própria família real inglesa foi inoculada publicamente. Recolhia-se pus de pústulas e com algodão introduzia-se numa pequena ferida. A mortalidade neste caso era de apenas 1%, já que o sistema imunológico tinha contato mais cedo com o vírus e a sua resposta era mais vigorosa.Edward Jenner em 1796 reparou que as mulheres que retiravam leite das vacas não apanhavam varíola e descobriu que a sua imunidade devia-se à infecção não perigosa com cowpox (vaccinia ou varíola das vacas). Ele propagou a prática de usar para inoculação antes o vírus vaccinia descobrindo a vacina contra a varíola, a primeira vacina criada. Esse método de imunização ainda se denomina hoje vacina devido ao vírus vaccinia.Classificada como uma das enfermidades mais devastadoras da história da humanidade, a varíola foi considerada erradicada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) em 1980. No entanto, a doença voltou às manchetes de jornal, em virtude da suposição de que ela possa ser utilizada como arma biológica. Em conseqüência desses temores todo o contingente militar dos EUA foi vacinado, assim como o presidente George W. Bush.Gripe Espanhola (1918 - 1919):Matou aproximadamente 50 milhões de pessoas em menos de 2 anos.


A gripe Espanhola matou mais pessoas do que Hitler, armas nucleares e todos os terroristas da história juntos.A pandemia caracterizou-se mundialmente pela elevada mortalidade, especialmente entre os mais jovens e pela freqüência das complicações associadas. Calcula-se que afetou 50% da população mundial, pelo que foi qualificada como o mais grave conflito epidêmico de todos os tempos. A falta de estatísticas confiáveis, principalmente no Oriente (como China e Índia) pode ocultar um número ainda maior de vítimas.A origem geográfica da pandemia de gripe de 1918-1919 é desconhecida. Foi designada de gripe espanhola pelo fato da Espanha, não participando da guerra, ter noticiado que civis em muitos lugares estavam adoecendo e morrendo em quantidades alarmantes.Os primeiros casos conhecidos de gripe ocorreram em abril de 1918 em tropas francesas, britânicas e americanas, acampadas nos portos de embarque na França. Em menos de seis meses ela alcança toda a Europa e infecta todos os exércitos acampados naquele continente causando a morte de pelo menos 80% deles.Em setembro, atinge o continente americano por meio de chineses que foram trabalhar na retaguarda dos exércitos aliados. Em outubro chega ao Brasil onde foram registradas em torno de 300 mil mortes relacionadas à epidemia vitimando inclusive o Presidente da República, Rodrigues Alves, em 1919.Peste Negra (1340 - 1771):Matou 75 milhões de pessoas.


Peste negra é a designação pela qual ficou conhecida, durante a Idade Média, a peste bubônica, pandemia que assolou a Europa, a China, o Oriente Médio e outras regiões do Mundo durante o século XIV(1347-1350) dizimando um terço da população da Europa e proporções provavelmente semelhantes nas outras regiões. A doença é causada pela bactéria Yersinia pestis, transmitida ao ser humano através das pulgas dos ratos-pretos ou outros roedores. Durante o período de revolução que causou, instituições milenares como a Igreja Católica foram questionadas, novas formas de religião místicas e de pensar prosperaram e minorias inocentes como os leprosos e os judeus foram perseguidos e acusadas de serem a causa da peste.Os cidadãos que tinham a doença eram obrigados a sair das cidades por 40 dias para provar que não estavam doentes. Algumas ordens religiosas recolhiam estas pessoas e as tratavam enquanto estavam isoladas e não podiam se aproximar de pessoas que não tinham a doença.É contado que origem da à peste surgiu com o uso da doença como arma biológica. Cadáveres de turcos que tinham morrido da doença foram catapultados para dentro das muralhas de Jaffa, de onde se espalhou. Mais tarde, durante a primeira guerra mundial, o exército Japonês também utilizou a peste como arma biológica disseminada por pulgas em civis chineses e prisioneiros de guerra na Manchúria.Malária (1600 - hoje):Morrem aproximadamente 2 milhões de pessoas por ano.


A malária ou paludismo ou maleita, entre outras designações, é uma doença infecciosa aguda ou crônica causada por protozoários parasitas, transmitidos pela picada do mosquito Anopheles.A doença, com taxa só comparável à da AIDS, afeta mais de 500 milhões de pessoas todos os anos. É a principal parasitose tropical e uma das mais freqüentes causas de morte em crianças nesses países: (mata um milhão de crianças com menos de 5 anos a cada ano). Segundo a OMS, a malária mata uma criança africana a cada 30 segundos, e muitas crianças que sobrevivem a casos severos sofrem danos cerebrais graves e têm dificuldades de aprendizagem.Os seres humanos são infectados pela malária há 50 000 anos. O baixo número anterior de casos em humanos implicava que os mosquitos que se alimentam dos outros animais fossem muito mais frequentes que o Anopheles, que tem predileção pelos humanos. Só com o início da agricultura, há 10 000 anos e com o crescimento populacional e destruição dos ambientes naturais desses outros animais e seus mosquitos, é que as populações de Anopheles aumentaram significativamente, iniciando a verdadeira epidemia de malária que existe hoje.Até recentemente não havia muitos motivos para acreditar no surgimento de uma vacina. A malária é uma das doenças negligenciadas - seja por insuficiências das políticas públicas de saúde, seja por desinteresse da indústria farmacêutica em pesquisar novos medicamentos para doenças que atingem as populações mais pobres, em áreas igualmente pobres - portanto, fora do mercado. Todavia, em março deste ano, a Sanofi-Aventis, uma das maiores empresas farmacêuticas do mundo, anunciou o lançamento de uma nova fórmula medicamentosa - o ASAQ - para tratamento da malária.No Brasil, em meados da década de 40 ocorriam entre 6 e 8 milhões de casos de malária por ano resultando em cerca de 80 mil óbitos. O início do emprego extensivo do DDT a partir de 1947 tornou possível em menos de uma década a redução do número de casos para 249 mil por ano. Em 1970 foram registrados 52 mil infectados, o menor número desde o início da aplicação do DDT, a quase totalidade na Região Amazônica. A partir de então a situação da malária começa progressivamente a se agravar e, em 1999, foram registrados 635.646 casos com 10 mil óbitos na Região Amazônica.AIDS (1981 - hoje):Já matou 25 milhões de pessoas desde o primeiro caso reconhecido em 1981.


A Síndrome da Deficiência Imunológica Adquirida é o conjunto de sintomas e infecções resultantes do dano do sistema imunológico ocasionado pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV).As primeiras infecções ocorreram na África na década de 1930. Julga-se que teria sido inicialmente contraído por caçadores africanos de símios que provavelmente se feriram e ao carregar o animal, sujaram a ferida com o sangue infectado deste. O vírus teria então se espalhado lentamente, e posteriormente migrado para as cidades com o início da grande onda de urbanização da África nos anos 60.Calcula-se que mais de 15 000 pessoas sejam infectadas por dia em todo o mundo; 45 milhões estão atualmente infectadas, e 3 milhões morrem a cada ano. A esmagadora maioria dos casos ocorre na África, onde a principal forma de transmissão é o sexo heterossexual e a prostituição. Regiões em risco com alto crescimento de novas infecções são a o leste da Europa, a Índia e o Sudoeste Asiático. No Brasil vivem mais que 650 000 pessoas com idade entre 15 e 49 anos com o HIV. A taxa de infecção de consumidores de heroína ronda os 80% em muitas cidades européias e americanas.A transmissão se dá somente por sêmen, sangue e secreções vaginais. O HIV não pode ser transmitido, absolutamente, por toque casual, beijos, espirros, tosse, picadas de insetos, água de piscinas, ou objetos tocados por soropositivos. O sexo anal é a prática sexual de mais alta taxa de transmissão, seja entre dois homens ou entre uma mulher e um homem. O sexo vaginal permite transmissão mais fácil para a mulher do que para o homem, mas ambos podem ser infectados pelo outro. O sexo vaginal violento resulta em taxas de infecção muito altas, devido às micro-hemorragias genitais.Cólera (1817 - hoje):8 pandemias; centenas de milhares de mortes.




A Cólera é uma doença causada pelo vibrião colérico, uma bactéria em forma de vírgula que se multiplica rapidamente no intestino humano produzindo potente toxina que provoca diarréia intensa. Ela afeta apenas os seres humanos e a sua transmissão é diretamente dos dejetos fecais de doentes por ingestão oral, principalmente em água contaminada.A cólera provavelmente originou-se no vale do rio Ganges, Índia. As epidemias surgiam invariavelmente durante os festivais hindus realizados no rio, em que grande número de pessoas banhavam-se em más condições de higiene.A doença existe em todos os países em que medidas de saúde pública não são eficazes. A América do Sul é hoje a mais freqüentemente afetada por epidemias de cólera, juntamente com a Índia. Neste último país, as grandes concentrações pouco higiênicas de multidões durante os rituais religiosos hindus no rio Ganges, são todos os anos ocasião para nova epidemia do vibrião. Também existe de forma endêmica na África e outras regiões tropicais da Ásia.Os números da doença são incertos, na maioria das vezes a doença e diagnosticada tardiamente e como sendo outra doença. Áreas do nordeste brasileiro são fartas neste mal.Tifo (430 AC - hoje):Matou 3 milhões de pessoas somente entre 1918 e 1922.



O tifo é uma doença epidêmica transmitida por parasitas comuns no corpo humano, os piolhos. Não deve ser relacionada à Febre tifóide que é causada pela Salmonella.A primeira descrição reconhecível do tifo foi dada em 1083 na Itália, mas só em 1546 é que o famoso médico de Florença, Girolamo Fracastoro (o primeiro médico a defender os germes como causa das doenças), descreveu a doença em termos científicos. Já em 1909, Charles Nicolle identificou o piolho como vetor da doença. Ganhou em 1928 o Prêmio Nobel pela sua descoberta.O Tifo foi uma importante causa de epidemias antes da Segunda guerra mundial. Atingia particularmente os exércitos em campanha e as populações prisionais. Uma das epidemias mais conhecidas foi aquela que atingiu Napoleão Bonaparte e a sua "Grande Armée" na campanha de invasão da Rússia, em 1812. Durante a retirada das suas tropas após a destruição de Moscou, as tropas de Napoleão foram reduzidas de 600.000 a 40.000 homens por causa do frio e do tifo.O corte de cabelo conhecido como "cadete" e a proibição da barba no exército tem aí a sua explicação: são medidas higiênicas, hoje parte importante da disciplina de todos os exércitos do mundo excluindo-se os de países de religião muçulmana onde permanece o afluxo da doença.