terça-feira, 2 de junho de 2009

Meio Ambiente

Prezados Amigos e Gestores,
Para conhecimento.
Renato Ribeiro
As sete piores pragas da história

varíola matou quase 500 milhões de pessoas só no século XX. O último caso registrado da doença ocorreu na Somália em 1977 e o seu vírus hoje é guardado em dois laboratórios governamentais bem vigiados, nos EUA e na Sibéria, Rússia. A pergunta é: Para quê estão guardando isto?Este sucesso de erradicação só foi naturalmente possível porque o único hóspede do vírus era o homem, pois o vírus é incapaz de infectar quaisquer outras células. Efeitos colaterais em longo prazo para sobreviventes incluem as cicatrizes de pele características. Efeitos colaterais ocasionais incluem cegueira devido a ulcerações córneas e infertilidade em sobreviventes masculinos.A varíola foi uma das principais responsáveis pela destruição das populações nativas da América após a sua importação da Europa com Colombo. Juntamente com o Sarampo, Varicela e outras doenças, ela matou mais de 90% (25% da mundial) da população do continente, derrotando e destruindo as civilizações Asteca e Inca No início do século XVIII, a mulher do embaixador do Reino Unido na China propôs a inoculação de crianças com vírus vivo da varíola em Londres, prática muito comum no Império Otomano. Para convencer o povo, a própria família real inglesa foi inoculada publicamente. Recolhia-se pus de pústulas e com algodão introduzia-se numa pequena ferida. A mortalidade neste caso era de apenas 1%, já que o sistema imunológico tinha contato mais cedo com o vírus e a sua resposta era mais vigorosa.Edward Jenner em 1796 reparou que as mulheres que retiravam leite das vacas não apanhavam varíola e descobriu que a sua imunidade devia-se à infecção não perigosa com cowpox (vaccinia ou varíola das vacas). Ele propagou a prática de usar para inoculação antes o vírus vaccinia descobrindo a vacina contra a varíola, a primeira vacina criada. Esse método de imunização ainda se denomina hoje vacina devido ao vírus vaccinia.Classificada como uma das enfermidades mais devastadoras da história da humanidade, a varíola foi considerada erradicada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) em 1980. No entanto, a doença voltou às manchetes de jornal, em virtude da suposição de que ela possa ser utilizada como arma biológica. Em conseqüência desses temores todo o contingente militar dos EUA foi vacinado, assim como o presidente George W. Bush.Gripe Espanhola (1918 - 1919):Matou aproximadamente 50 milhões de pessoas em menos de 2 anos.


A gripe Espanhola matou mais pessoas do que Hitler, armas nucleares e todos os terroristas da história juntos.A pandemia caracterizou-se mundialmente pela elevada mortalidade, especialmente entre os mais jovens e pela freqüência das complicações associadas. Calcula-se que afetou 50% da população mundial, pelo que foi qualificada como o mais grave conflito epidêmico de todos os tempos. A falta de estatísticas confiáveis, principalmente no Oriente (como China e Índia) pode ocultar um número ainda maior de vítimas.A origem geográfica da pandemia de gripe de 1918-1919 é desconhecida. Foi designada de gripe espanhola pelo fato da Espanha, não participando da guerra, ter noticiado que civis em muitos lugares estavam adoecendo e morrendo em quantidades alarmantes.Os primeiros casos conhecidos de gripe ocorreram em abril de 1918 em tropas francesas, britânicas e americanas, acampadas nos portos de embarque na França. Em menos de seis meses ela alcança toda a Europa e infecta todos os exércitos acampados naquele continente causando a morte de pelo menos 80% deles.Em setembro, atinge o continente americano por meio de chineses que foram trabalhar na retaguarda dos exércitos aliados. Em outubro chega ao Brasil onde foram registradas em torno de 300 mil mortes relacionadas à epidemia vitimando inclusive o Presidente da República, Rodrigues Alves, em 1919.Peste Negra (1340 - 1771):Matou 75 milhões de pessoas.


Peste negra é a designação pela qual ficou conhecida, durante a Idade Média, a peste bubônica, pandemia que assolou a Europa, a China, o Oriente Médio e outras regiões do Mundo durante o século XIV(1347-1350) dizimando um terço da população da Europa e proporções provavelmente semelhantes nas outras regiões. A doença é causada pela bactéria Yersinia pestis, transmitida ao ser humano através das pulgas dos ratos-pretos ou outros roedores. Durante o período de revolução que causou, instituições milenares como a Igreja Católica foram questionadas, novas formas de religião místicas e de pensar prosperaram e minorias inocentes como os leprosos e os judeus foram perseguidos e acusadas de serem a causa da peste.Os cidadãos que tinham a doença eram obrigados a sair das cidades por 40 dias para provar que não estavam doentes. Algumas ordens religiosas recolhiam estas pessoas e as tratavam enquanto estavam isoladas e não podiam se aproximar de pessoas que não tinham a doença.É contado que origem da à peste surgiu com o uso da doença como arma biológica. Cadáveres de turcos que tinham morrido da doença foram catapultados para dentro das muralhas de Jaffa, de onde se espalhou. Mais tarde, durante a primeira guerra mundial, o exército Japonês também utilizou a peste como arma biológica disseminada por pulgas em civis chineses e prisioneiros de guerra na Manchúria.Malária (1600 - hoje):Morrem aproximadamente 2 milhões de pessoas por ano.


A malária ou paludismo ou maleita, entre outras designações, é uma doença infecciosa aguda ou crônica causada por protozoários parasitas, transmitidos pela picada do mosquito Anopheles.A doença, com taxa só comparável à da AIDS, afeta mais de 500 milhões de pessoas todos os anos. É a principal parasitose tropical e uma das mais freqüentes causas de morte em crianças nesses países: (mata um milhão de crianças com menos de 5 anos a cada ano). Segundo a OMS, a malária mata uma criança africana a cada 30 segundos, e muitas crianças que sobrevivem a casos severos sofrem danos cerebrais graves e têm dificuldades de aprendizagem.Os seres humanos são infectados pela malária há 50 000 anos. O baixo número anterior de casos em humanos implicava que os mosquitos que se alimentam dos outros animais fossem muito mais frequentes que o Anopheles, que tem predileção pelos humanos. Só com o início da agricultura, há 10 000 anos e com o crescimento populacional e destruição dos ambientes naturais desses outros animais e seus mosquitos, é que as populações de Anopheles aumentaram significativamente, iniciando a verdadeira epidemia de malária que existe hoje.Até recentemente não havia muitos motivos para acreditar no surgimento de uma vacina. A malária é uma das doenças negligenciadas - seja por insuficiências das políticas públicas de saúde, seja por desinteresse da indústria farmacêutica em pesquisar novos medicamentos para doenças que atingem as populações mais pobres, em áreas igualmente pobres - portanto, fora do mercado. Todavia, em março deste ano, a Sanofi-Aventis, uma das maiores empresas farmacêuticas do mundo, anunciou o lançamento de uma nova fórmula medicamentosa - o ASAQ - para tratamento da malária.No Brasil, em meados da década de 40 ocorriam entre 6 e 8 milhões de casos de malária por ano resultando em cerca de 80 mil óbitos. O início do emprego extensivo do DDT a partir de 1947 tornou possível em menos de uma década a redução do número de casos para 249 mil por ano. Em 1970 foram registrados 52 mil infectados, o menor número desde o início da aplicação do DDT, a quase totalidade na Região Amazônica. A partir de então a situação da malária começa progressivamente a se agravar e, em 1999, foram registrados 635.646 casos com 10 mil óbitos na Região Amazônica.AIDS (1981 - hoje):Já matou 25 milhões de pessoas desde o primeiro caso reconhecido em 1981.


A Síndrome da Deficiência Imunológica Adquirida é o conjunto de sintomas e infecções resultantes do dano do sistema imunológico ocasionado pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV).As primeiras infecções ocorreram na África na década de 1930. Julga-se que teria sido inicialmente contraído por caçadores africanos de símios que provavelmente se feriram e ao carregar o animal, sujaram a ferida com o sangue infectado deste. O vírus teria então se espalhado lentamente, e posteriormente migrado para as cidades com o início da grande onda de urbanização da África nos anos 60.Calcula-se que mais de 15 000 pessoas sejam infectadas por dia em todo o mundo; 45 milhões estão atualmente infectadas, e 3 milhões morrem a cada ano. A esmagadora maioria dos casos ocorre na África, onde a principal forma de transmissão é o sexo heterossexual e a prostituição. Regiões em risco com alto crescimento de novas infecções são a o leste da Europa, a Índia e o Sudoeste Asiático. No Brasil vivem mais que 650 000 pessoas com idade entre 15 e 49 anos com o HIV. A taxa de infecção de consumidores de heroína ronda os 80% em muitas cidades européias e americanas.A transmissão se dá somente por sêmen, sangue e secreções vaginais. O HIV não pode ser transmitido, absolutamente, por toque casual, beijos, espirros, tosse, picadas de insetos, água de piscinas, ou objetos tocados por soropositivos. O sexo anal é a prática sexual de mais alta taxa de transmissão, seja entre dois homens ou entre uma mulher e um homem. O sexo vaginal permite transmissão mais fácil para a mulher do que para o homem, mas ambos podem ser infectados pelo outro. O sexo vaginal violento resulta em taxas de infecção muito altas, devido às micro-hemorragias genitais.Cólera (1817 - hoje):8 pandemias; centenas de milhares de mortes.




A Cólera é uma doença causada pelo vibrião colérico, uma bactéria em forma de vírgula que se multiplica rapidamente no intestino humano produzindo potente toxina que provoca diarréia intensa. Ela afeta apenas os seres humanos e a sua transmissão é diretamente dos dejetos fecais de doentes por ingestão oral, principalmente em água contaminada.A cólera provavelmente originou-se no vale do rio Ganges, Índia. As epidemias surgiam invariavelmente durante os festivais hindus realizados no rio, em que grande número de pessoas banhavam-se em más condições de higiene.A doença existe em todos os países em que medidas de saúde pública não são eficazes. A América do Sul é hoje a mais freqüentemente afetada por epidemias de cólera, juntamente com a Índia. Neste último país, as grandes concentrações pouco higiênicas de multidões durante os rituais religiosos hindus no rio Ganges, são todos os anos ocasião para nova epidemia do vibrião. Também existe de forma endêmica na África e outras regiões tropicais da Ásia.Os números da doença são incertos, na maioria das vezes a doença e diagnosticada tardiamente e como sendo outra doença. Áreas do nordeste brasileiro são fartas neste mal.Tifo (430 AC - hoje):Matou 3 milhões de pessoas somente entre 1918 e 1922.



O tifo é uma doença epidêmica transmitida por parasitas comuns no corpo humano, os piolhos. Não deve ser relacionada à Febre tifóide que é causada pela Salmonella.A primeira descrição reconhecível do tifo foi dada em 1083 na Itália, mas só em 1546 é que o famoso médico de Florença, Girolamo Fracastoro (o primeiro médico a defender os germes como causa das doenças), descreveu a doença em termos científicos. Já em 1909, Charles Nicolle identificou o piolho como vetor da doença. Ganhou em 1928 o Prêmio Nobel pela sua descoberta.O Tifo foi uma importante causa de epidemias antes da Segunda guerra mundial. Atingia particularmente os exércitos em campanha e as populações prisionais. Uma das epidemias mais conhecidas foi aquela que atingiu Napoleão Bonaparte e a sua "Grande Armée" na campanha de invasão da Rússia, em 1812. Durante a retirada das suas tropas após a destruição de Moscou, as tropas de Napoleão foram reduzidas de 600.000 a 40.000 homens por causa do frio e do tifo.O corte de cabelo conhecido como "cadete" e a proibição da barba no exército tem aí a sua explicação: são medidas higiênicas, hoje parte importante da disciplina de todos os exércitos do mundo excluindo-se os de países de religião muçulmana onde permanece o afluxo da doença.

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